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Do Alentejo ao Continente entre a Lux e o Desconhecido

O fim de semana passado foi repleto de atividade vínica e gastronômica em Lisboa com dois eventos vínicos e gastronômicos com alguma notoriedade. No Champaulimaud Center for the Unknown da Fundação Champaulimaud realizou-se mais uma edição do Vinhos do Alentejo em Lisboa e no Pavilhão Atlântico o Mercado dos Sabores Continente.

Em jeito de prologo, na 6ª feira à noite, depois de um jantar em representação da minha empresa, eu e Ana fomos beber um copo a um sítio onde já não íamos há uns anos: ao Lux. Eu gosto muito do Lux pelo ambiente variado que proporciona e para os enófilos tem como atrativo adicional o facto de ter um bar de vinhos muito bom. Bons vinhos e bons copos. Não é barato, mas tendo em conta o local onde estamos até não é exageradamente caro. Obviamente aproveitámos para beber uns vinhos. Nesta visita ficamos um pouco desiludidos por o Terras do Demo já não fazer parte lista do espumante a copo e de ter sido substituído nessa gama por dois espumantes que considero inferiores. Mas apesar disto recomendo que quando vão ao Lux passem por lá e deem uma olhada na carta. Pode ser que encontrem lá alguma coisa que vós desperte a curiosidade.

Do Alentejo ao Continente entre a Lux e o Desconhecido - reservarecomendada.blogspot.pt

No Sábado à tarde depois de almoço decidimos dar uma saltada à Fundação Champaulimaud. A intenção era fazer uma passagem rápida com o objetivo de duplo de conhecer um pouco melhor o espaço da Fundação Champaulimaud e aproveitar para provar uns vinhos. Deixamos o Guilherme com avós e fomos com a intenção de regressar ao fim da tarde para jantar com a família. Como a entrada eram somente 3€ para pagar o copo mesmo que não estivéssemos muito tempo isso não seria um problema.


Tínhamos estado neste evento quando ele se realizou a primeira vez ainda no Casino Estoril e tínhamos voltado no ano passado em que se realizou no CCB. Tem-se notado um crescente interesse por este evento. Quando lá chegamos deveria passar cerca de 1h30 após a abertura das portas e já espaço se encontrava mais cheio do que seria desejável e com uma pequena fila para entrar... O espaço tornou-se realmente pequeno tanto para a quantidade de produtores como para a afluência de público.

Não vou ser tão duro nos meus comentários sobre a organização do evento com já li por aí. Pareceu-me que organização subestimou o número de produtores que viriam a estar presentes e na tentativa de acomodar todos reduziu o espaço de circulação para o público o que rapidamente encheu o espaço dada a afluência de público. Mas mesmo que o espaço tivesse o dobro ou triplo da área acho que com aquela afluência de público o acesso às bancas dos produtores continuaria a ser difícil embora certamente a circulação fosse mais confortável. No espaço de um ano este já é o terceiro evento a que vou em que o espaço se revela claramente insuficiente para a afluência de público. Este acabou por ser aquele em que isso menos me incomodou pois já ia com a intenção de fazer uma visita rápida e o custo de ingresso era baixo quando comparado com outros.

Prefiro realçar o crescente interesse que o vinho e a gastronomia têm estado a despertar. Quem olha para as primeiras edições destes eventos há uns 5 anos atrás e olha para eles agora nota uma clara diferença, sendo de realçar o interesse demonstrado por uma audiência bastante jovem. É refrescante ver isto e aqueles que temiam o envelhecimento e diminuição do público interessado pelo vinho penso que poderão ficar descansados pois parece estar a surgir uma nova fornada de apreciadores exigentes. De qualquer modo há que retirar ilações de como este evento correu e rever o espaço e moldes em que estes eventos se realizam, senão corre-se o risco que este público desapareça não por desinteresse mas por cansaço.

Deu para provar alguns vinhos que não conhecia e voltar a provar outros. Provei alguns vinhos bem curiosos pela diferença e originalidade. Destaco o Telhas 2008 das Terras d'Alter. Eu já conhecia a maioria dos vinhos das Terras d'Alter mas este era uma novidade para mim. É um lote incomum com 94% de Syrah e 6% de Viogner. Sim, não me enganei é uma casta tinta e uma casta branca. Este lote ao que me disseram é muito comum na Austrália e o Peter Bright que é o enólogo da casa e australiano decidiu recriar este loteamento no Alentejo. Gostei bastante, a acidez do Viogner empresta uma frescura bastante agradável ao corpo quente do Syrah que faz deste vinho um tinto diferente do habitual. Nem sei se terá sido o melhor vinho que provei mas foi certamente aquele que mais me chamou a atenção. Acabei por passados uns dias comprar uma garrafa para provar melhor em casa. Quando o comprei descobri que também o Reserva da Quinta do Monte D'Oiro usa este loteamento. Tenho que experimentar também.


Ficámos cerca de duas horas e por essa altura já a fila se prolongava entre os dois edifícios. Pareceu-me que a partir de certa altura a organização deve ter começado a limitar as entradas. Fico na dúvida como terá sido durante concerto de Miguel Araújo... E sim, o Center for the Unknown é um marco arquitetónico e paisagístico na cidade de Lisboa. Parece ser um sitio maravilhoso para trabalhar...




No Domingo fomos ao Mercado dos Sabores Continente no Pavilhão Atlântico. Os bilhetes tinham sido oferecidos quando tinha ido às compras pelo que decidimos que mais valia aproveitar e passar por lá. Desta vez levamos o Guilherme. É um evento diferente, mais popular, mas também mais variado. A gama de vinhos presentes é uma gama mais baixa com quase todos os vinhos abaixo dos 10€ mas outro lado estão representados muitos outros produtos além do vinho.

Sendo o evento no Pavilhão Atlântico pensamos que não iriamos ter o mesmo problema de sobrelotação do dia anterior. Bem... Estava quase igual... Circulava-se um pouco melhor mas não muito melhor... Demos uma volta pelo recinto e provamos alguns vinhos. Nada de extraordinário mas houve um que se destacou. O JP Rosé. É um vinho simples mas com um toque distinto. Porquê? Que castas usará? Syrah e Moscatel Roxo... À pois é... O Moscatel Roxo que a José Maria da Fonseca usa no Domingos Soares Franco Moscatel Roxo Rosé para o fazer um dos melhores rosés portugueses é aqui usado para dar um toque especial num rosé de 2€. Quero comprar uma garrafa mas não estou a conseguir encontrar... Devia comprado lá uma... Descobri também que existia alheira de ananás... Tenho de ver se compro também para experimentar.

Mas demorou menos de uma hora para que o Guilherme ficasse um pouco impaciente com a confusão. Foi arranjar um balão da Popota para o Guilherme e ir embora. Gostaria de ter podido aproveitar um pouco mais destes eventos mas o que conta é o que se provou e haverá outras oportunidades para conhecer o que ficou por provar. E afinal de contas nem sempre vale a pena provar tudo.


O Sexo Começa na Cozinha de Kevin Leman - www.wook.pt

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