Estas princesas, bem giras por sinal, têm responsabilidades diversas dentro das suas empresas assumindo funções como produtoras, enólogas, gestoras, relações públicas, designers ou viticultoras. Todas elas partilham uma história de família com ligações ao vinho herdando a paixão pelo vinho. Assim esta família real do vinho é constituída por:
- Catarina Vieira, enóloga - Herdade do Rocim
- Francisca van Zeller, relações públicas - Quinta Vale D. Maria
- Luísa Amorim, gestora - Quinta Nova da Nossa Sra. do Carmo
- Madalena Sacadura Botte, gestora - Quinta da Bica
- Mafalda Guedes, gestora - Herdade do Peso, Sogrape
- Maria Castro, enóloga - Quinta da Pellada
- Maria Manuel Maia, viticultora - Poças
- Rita Cardoso Pinto, gestora - Quinta do Pinto
- Rita Fino Magalhães, gestora - Monte da Penha
- Rita Nabeiro, designer/gestora - Adega Mayor
- Sandra Tavares da Silva, enóloga - Quinta de Chocapalha
- Teresa Barbosa, gestora – Ninfa, João M. Barbosa Vinhos
O evento decorreu ao longo de 2 dias no Altis Belém, o primeiro reservado a profissionais e o segundo aberto ao público em geral. Apesar de me considerar amador de vinho e de a minha profissão não ser o vinho aproveitei o privilégio que dão aos bloggers de os considerarem profissionais para visitar o evento no dia reservado ao profissionais. Numa sala virada para a marina da Doca do Bom Sucesso estavam dispostas as 12 mesas das produtoras. O espaço estava bastante agradável e adequado para um público profissional quando o visitei na 6ª feira. Fiquei no entanto na dúvida se no dia seguinte, com a abertura ao público em geral, o espaço não se tornaria pequeno. Não tive qualquer feedback acerca de como correu o dia de Sábado e como as más notícias são sempre céleres assumo que tudo terá corrido bem. De qualquer modo em futuras edições abertas ao público em geral parece-me que um espaço um pouco maior talvez até com uma área de lounge e alguma oferta de comida dentro do espaço do evento seriam recomendáveis. Acho que isso tornaria o evento ainda mais atrativo para o público não profissional.
O nível dos vinhos apresentados era bastante alto. Se a escolha destas princesas já tinha sido feita a dedo, o facto de este evento acabar por ter uma carga emocional diferente de outros eventos levou a que as meninas se esmerassem na escolha dos vinhos que tinham a prova. Havia pelo que nos disseram um limite de 5 vinhos por produtora mas algumas violaram este limite trazendo mais do que isso… Como a Celma me fez reparar só havia um espumante a prova, o Ninfa. Ó meninas, eu sei que é um cliché esta coisa das mulheres e do espumante mas o mundo também é feito de clichés e num evento como este fazia sentido que houvesse mais uns espumantes. Mas pensando bem não me lembro de mais nenhum espumante no portfólio das produtoras presentes… Por outro lado havia alguns Porto trazidos pelas casas do Douro.
Estarei sempre a ser injusto ao selecionar três vinhos de entre os que estavam a prova, porquê provei muitos bons vinhos e porquê não os provei todos mas ainda assim terei de cometer essa injustiça. Nos brancos destaco o Pinto Viogner/Arinto 2006 que não conhecia e que mostrava uma evolução bastante interessante ainda com uma grande vivacidade e marcado pelo sal da idade. Nos tintos destaco o Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca 2011, um vinho que ostenta no rótulo o nome que quem o trouxe pois o pai, Cristiano, deu à vinha onde teve origem o nome da Francisca, sua filha. Elegância é palavra que ressoa na minha mente ao lembrar-me deste vinho. Ainda havia por ali uma magnum de 2008 sem rótulo, trazida pela Maria da Quinta da Pelada, e que ainda não tinha nome mas já tinha muita personalidade. Será uma nova marca da Quinta da Pelada e chamar-se-á qualquer coisa como Magno ou Magnânimo.
Um evento que se for repetido poderá vir a tornar-se uma referência no calendário de eventos vínicos em Portugal. Fico à espera.
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