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Novidades de Novembro de 2012

As novidades de Novembro de 2012 são as seguintes:


Guia de Vinhos

A lista completa pode ser consultada na página Guia de Vinhos

Eskuadro & Kompassu Bairrada Tinto 2010
Grand'Arte Regional Lisboa Alicante Bouschet Tinto 2009
Quinta do Pinto Regional Lisboa Touriga Nacional Tinto 2009
Folha do Meio Regional Alentejano Reserva Tinto 2008
Herdade Grande 15 Vindimas Regional Alentejano Colheita Selecionada Tinto 2009
Montes Claros Alentejo Garrafeira Tinto 2009
Pinga Amores Regional Alentejano Reserva Tinto 2009
Kompassus Private Collection Bairrada Tinto 2009
Esporão Private Selection Alentejo Garrafeira Tinto 2009
Ribeiro Santo Dão Branco 2011
Pato Frio Alentejo Antão Vaz Branco 2011
Cazas Novas Vinho Verde Branco 2011
Alvaianas Vinho Verde Alvarinho Branco 2011
Falcoaria Tejo Fernão Pires Branco 2011
Aneto Douro Branco 2011
Verdelho da Malhadinha Regional Alentejano Verdelho Branco 2011
Casal Figueira António Regional Lisboa Branco 2009
Quinta das Bágeiras Pai Abel Bairrada Branco 2010
Loridos Espumante Vintage Extra Bruto Branco 2008
Quinta dos Abibes Bairrada Espumante Arinto e Baga Branco 2010
Quinta dos Abibes Bairrada Espumante Baga Rosé 2010
Stanley Regional Lisboa Espumante Reserva Rosé 2009
Kompassus Blanc de Noirs Bairrada Espumante Branco 2010
Excelent Setúbal Moscatel Roxo Superior Tinto

Sites & Blogs

A lista completa pode ser consultada na página Sites & Blogs

Solar dos Lobos
www.solardoslobos.pt
Site do Produtor
Twitter

Janela de Cheiros
janeladecheiros.blogspot.pt
As cores, aromas e sabores do vinho
RSS Feed, Newsletter e Facebook

Garrafeiras

A lista completa pode ser consultada na página Garrafeiras

Garrafeira Néctar das Avenidas
garrafeiranectardasavenidas.blogspot.pt
Av. Luis Bivar 40B, Lisboa
Apenas em português e não parecem fazer entregas.
Site com preços em formato de blogue.

Provas

A lista completa pode ser consultada na página Provas

Garrafeira Néctar das Avenidas
garrafeiranectardasavenidas.blogspot.pt
Av. Luis Bivar 40B, Lisboa
Provas gratuitas regulares.
Blog e Facebook.

Cursos Vínicos

A lista completa pode ser consultada na página Cursos Vínicos

About Wine
www.aboutwinegourmet.com
Rua Horta Machado 20, Faro
Cursos ocasionais
Site e Facebook

Jantares Vínicos

A lista completa pode ser consultada na página Jantares Vínicos

Origami Sushi Bar
origami.com.pt
Rua da Escola Politécnica 27, Lisboa
Jantares vínicos regulares
Consultar site e Facebook

Quarentae4
www.quarentae4.com
Rua Roberto Ivens 44, Matosinhos
Jantares vínicos ocasionais
Consultar site, Facebook e Twitter

Garrafeira Néctar das Avenidas
garrafeiranectardasavenidas.blogspot.pt
Jantares vínicos regulares organizados em diversos restaurantes da região de Lisboa.
Blog e Facebook.

Eventos

A lista completa pode ser consultada na página Eventos

27 de Novembro a 4 de Dezembro de 2012
Cascais Table Week
Cascais
www.cm-cascais.pt
Menus especiais para a Cascais Table Week por 20€ em alguns dos melhores restaurantes de Cascais. Paralelamente são organizados jantares vínicos e ações de formação nas áreas do vinhos e restauração integrados na programação do evento.

Artigos Publicados

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Novidades de Outubro de 2012
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Quinta da Ponte Pedrinha Branco 2006
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A Raleigh e a Sachs
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Uma Bifana à Beira Gare
Casa de Saima Reserva Tinto 2003
Vinho e Sabores das Tabernas de Lisboa
Guia Michelin 2013
Eventos de Dezembro de 2012
Tons de Duorum Tinto 2011

Tweets

Tweets sobre vinhos e gastronomia que fiz recentemente no perfil do blog e no meu perfil pessoal.

Bertílio Gomes nos fogões do Chapitô
BulliPedia.net Something is boiling on the web... coming soon...
25 Best Restaurants in Spain and Portugal
The Wizard Apprentice: Sr. Xico da Alorna
RT @2780taberna Olá, Novidades fresquinhas - deixámos de ser 2780Taberna, para ser Penalti!
O site do Adegga Wine Market 2012 está online! Visite e partilhe a lista de Enólogos & Produtores!
As Ameijoas à Bolhão Pato e três ilustres guarda-costas
Pratos fora de série: Sapateira perfumada com yuzu, fina geleia e pequenos legumes marinados...
Restaurant Owners : put this up.. please...
Video Break: Hungry For Halloween Blood at City Sandwich
World's 10 best cities for coffee
VÍDEO PROMOCIONAL: Francesinha na Baixa - Revista Wine | EV
O renascimento das conservas
Velopresso
Amável Vinho: Alegria
As Castanhas e a Caruma
Origens da Tradição de São Martinho
Hello Magazine recommends: Fall in love with Lisbon: Everything Portugal's star city has to offer
Chícharo
Conversas à Mesa: Viagem ao Perú
"O Encontro", uma curta do ex-chef do Bocca, Alexandre Silva, antes do novo projecto
airdiogo num copo: A gama de vinhos João Clara - a qualidade no Algarve
RT @Bourdain Love this photo of April and Fergus
Alentejo promove Mostra Gastronómica de Caça
Bazar de Natal do Corpo Diplomático - 23 e 24 de Novembro
A Conjurar pelo Alto Alentejo
A cozinha do Paço Ducal em Vila Viçosa
Cup of Gorreana Tea?
CicloMaluco: A Sardinha
48 hours in Lisbon
airdiogo num copo: Leituras recomendadas
90 years old today! (The most beautiful pastry shop in Lisbon)
Hora do lanche
Comer bem e barato no Algarve
Supermercados do mundo - Às compras pelo globo
Coming to Lisbon? Know where to eat

Referencias

Páginas que referenciaram este blog recentemente.

Facebook: Primeira Sinfonia
Novas Krónikas Viníkolas
Ciclo Maluco: A Sardinha
airdiogo num copo: Leituras recomendadas

Tons de Duorum Tinto 2011

Mais uma muito boa relação qualidade preço que me chega pelas mãos do João Portugal Ramos, desta vez por via da sua parceria no Douro com José Maria Soares Franco.


Pode-se dizer tratar-se um clássico duriense pois faz uso de três das castas predominantes no Douro: Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Roriz.

Boa acidez e agradável na boca mas achei-o um pouco envergonhado como que a pedir para o deixarem dormir por mais uns meses. Apesar de ser um vinho de consumo rápido e por isso pronto a beber parece-me que beneficiará com mais uns meses em garrafa. Tudo isto por menos de 4€.

O vinho provado foi gentilmente oferecido pelo produtor.

Eventos de Dezembro de 2012

Os eventos agendados para Dezembro de 2012 são os seguintes:


30 de Novembro e 1 de Dezembro de 2012
Porto e Douro Wine Show
Convento do Beato – Lisboa
www.portoedourowineshow.com
Neste evento os produtores do Douro trazem a Lisboa as suas novidades. Além das provas de vinhos do Porto e do Douro e de produtos gourmet será possível desfrutar de música ao vivo, wine masterclasses, show cooking, wine talks, degustações livres, entre outras actividades

30 de Novembro a 2 de Dezembro de 2012
Essência do Vinho Madeira
Centro de Congressos – Funchal
www.essenciadovinho.com
Reúne dezenas de produtores portugueses, incluindo as casas mais emblemáticas de vinho produzido na ilha. Além da degustação livre, os visitantes poderão ainda participar em provas temáticas de vinho e harmonizações enogastronómicas, na presença de conceituados especialistas.

1 de Dezembro de 2012
Adegga Wine Market
Hotel Flórida – Lisboa
www.adegga.com
O Adegga Wine Market é um evento de prova de vinhos em ambiente informal na companhia de quem produz o vinho. Para além disso irá ser possível escolher e adquirir os vinhos em prova para oferecer pelo Natal.

1 e 2 de Dezembro de 2012
The Yeatman Christmas Wine Experience
The Yeatman, Vila Nova de Gaia
www.the-yeatman-hotel.com
Exclusivo evento de vinhos, onde os visitantes terão a oportunidade de provar os vinhos mais reputados, alguns deles muito raros e de edições limitadas, pela mão dos próprios enólogos das quintas produtoras.

7 a 9 de Dezembro de 2012
Feira da Vinha e do Vinho
Amareleja
www.feirasdeamareleja.pt
Promoção do Vinho, do artesanato e produtos regionais da Amareleja.

7 a 9 de Dezembro de 2012
Vitifrades – Festas Báquicas
Vila de Frades
www.vitifrades.net
A Vitifrades festeja o vinho da talha o os outros produtos tradicionais e regionais, como o Azeite, os Enchidos, o Pão e o Queijo.

Guia Michelin 2013

Foram anunciadas ontem as Estrelas Michelin 2013 para Espanha e Portugal. Goste-se ou não se goste não deixa de ser uma das mais importantes distinções que um restaurante pode ter. Uma estrela garante por si só um fluxo constante de clientes a um restaurante. Tal como definido pelo guia, um restaurante com uma estrela tem uma muita boa qualidade dentro da sua categoria, com duas estrelas tem uma qualidade excelente merecendo um desvio e com três estrelas têm uma qualidade excecional merecendo uma viagem propositada para visita-lo.

O balanço é negativo para Portugal pois dois restaurantes perderam as suas estrelas, o Tavares e o Arcadas da Capela, e há apenas um novo restaurante estrelado, o Belcanto de José Avillez.

Não me é fácil ajuizar da justeza ou não das estrelas perdidas pois não nunca fui ao Arcadas da Capela e ao Tavares só lá fui nos tempos em que o chef era o José Avillez. Após ter mantido a estrela no ano passado depois da saída do José Avillez confesso que esperava que o Tavares pudesse manter a sua estrela. É uma pena que o restaurante mais antigo de Portugal e um dos mais antigos do Mundo não continue a merecer esta distinção. Relativamente ao Arcadas da Capela também nada fazia prever que após 8 anos com a estrela, esta fosse perdida agora. Mas como vos digo não me é possível avaliar completamente estas despromoções devido a não conhecer os serviços destes restaurantes.

Já a estrela do Belcanto era esperada, sendo a única dúvida se seria já este ano, antes de completar um ano após a reabertura pela mão de José Avillez. O trabalho do chef José Avillez tem-se demonstrado bastante consistente ao longo dos anos e apesar de eu ainda não ter lá ido, tudo o que tenho lido e ouvido sobre o Belcanto indicava que o nível atingido no Tavares estava pelo menos a manter-se, se não a ser ultrapassado. Tenho de lá ir cometer uma extravagancia um dia destes. À falta de uma criação estrelada para ilustrar este artigo fica aqui a fotografia da última coisa que comi do chef José Avillez no Peixe em Lisboa.

Guia Michelin 2013 - reservarecomendada.blogspot.pt
O Hamburger de Brioche e Sapateira do José Avillez

Vinho e Sabores das Tabernas de Lisboa

Eu e Ana ainda não tínhamos decidido se iriamos ou não ao Encontro com o Vinho e os Sabores mas quando vimos este passeio integrado no programa não demorou muito a decidirmos que iriamos e que seria Sábado o dia da nossa visita.

Este passeio foi organizado pela Lisboa Autêntica para a Revista de Vinhos. Os passeios da Lisboa Autêntica já me tinham chamado à atenção e esta foi uma ótima oportunidade de experimentar um destes passeios. Este passeio foi organizado na zona da Junqueira especialmente para o evento e poderá nunca mais se repetir pois os passeios da Lisboa Autentica costumam realizar-se noutras zonas da cidade. Juntou-se um grupo de cerca de 15 pessoas, bastante variado por sinal.

Vinho e Sabores das Tabernas de Lisboa - reservarecomendada.blogspot.pt

Casa de Saima Reserva Tinto 2003

Continuando a abrir as garrafas que trouxe da minha visita ao entroncamento cheguei a este Casa de Saima Reserva Tinto 2003. Esta garrafa com quase 10 anos custou-me menos de 6€ e diz ser um monocasta de Baga. A Baga é uma casta algo ingrata e difícil de trabalhar que quando é bem usada dá grandes vinhos com uma grande longevidade. A Bairrada é o berço natural desta casta e facto de estar perante um monocasta de Baga da Bairrada foi um dos fatores determinantes para comprar esta garrafa, independentemente de não conhecer bem o produtor.


Este Casa de Saima era uma belo exemplo de Baga com boa acidez e bastante fresco. Provavelmente, ainda se aguentava outros tantos anos. Ainda tenho por cá a versão não reserva do mesmo ano para abrir. Veremos se está a um bom nível também. Diga-se de passagem que foi aberta na mesma refeição que o Couteiro-Mor Antão Vaz Branco 2001 de que falei há uns dias. Estavam assim 20 anos de grandes vinhos à mesa em duas garrafas improváveis. Assim à quarta etapa desta disputa entre o tempo e vinho o resultado segue empatado 2-2.

Uma Bifana à Beira Gare

Quando o Anthony Bourdain esteve em Lisboa especulei que o Beira Gare poderia ter sido a casa por onde ele passou para comer bifanas. Veio a verificar-se com a emissão do episódio relativo a Lisboa que afinal tinha a sido o Trevo e a sua bifana os eleitos pela produção do programa.

Mas há uns tempos atrás não perdi a oportunidade de passar por lá para avaliar por mim próprio as bifana do Beira Gare. Fica aqui o registo dessa visita.


É uma bifana verdadeiramente épica em termos de aspeto. Mas se ganha em termos de apelo à gula perde um pouco em termos de sabor. É tenra, parece-me ser confecionada no tacho e não na grelha mas um pouco neutra em termos de tempero. Pede a mostarda para lhe dar mais vida.

Sentei-me na esplanada o que me pesou um pouco na carteira. Lá dentro ou ao balcão deverá ser mais em conta. Não me consigo habituar a esta coisa de em certas casas os preços na esplanada serem diferentes dos preços no interior ou no balcão. Percebo até um certo ponto mas custa-me sempre um bocado...

Guia das Tascas e Tabernas de Portugal - www.wook.pt

Couteiro-Mor Antão Vaz 2001

Já não é a primeira vez que falo por aqui deste vinho. Terá sido uns primeiros vinhos brancos que apreciei sem reservas nem preconceitos. E talvez até tivesse sido mesmo este 2001 a primeira colheita que provei. De uma colheita posterior viria ser o vinho branco servido no meu casamento. Por isso é um convidado sempre bem-vindo à minha casa.


Ora, pelo aniversário do meu pai, o seu irmão mais velho, meu padrinho, ofereceu-lhe esta garrafa que tinha para lá perdida. O meu pai desconfiou dos 11 anos neste branco mas sabendo do meu apreço por vinhos velhos disse ao meu padrinho que iria guarda-la para a beber comigo. Eu também desconfiei. Não tinha a certeza das condições em que a garrafa tinha sido guardada e os vinhos brancos com este perfil e da casta Antão Vaz não são especialmente famosos pela sua longevidade. Pensei que na melhor das hipóteses teria ganho um perfil mais doce, quase ao estilo de um colheita tardia, que eu não desgosto mas que não é tão fácil de emparelhar com comida.

Com uma expectativa muito contida, lá abri a garrafa e libertei este vinho da sua clausura de 11 anos. A cor era um amarelo palha, mais escuro do que habitual neste vinho, mas límpido e cristalino. Bom pronúncio... Ao cheirar, alguma incredulidade começou a invadir-me... Levei-o à boca e um enorme sorriso invadiu-me o espírito. Para minha grande surpresa, tinha ainda notas de fruta tropical bem presentes. Guloso na boca e com uma untuosidade dada apenas pelo tempo, pois este vinho, tanto quanto sei, nunca terá sido estagiado em madeira. Uma acidez bem presente e bem casada. Foi um dos melhores vinhos brancos que bebi nos últimos tempos, e acreditem que tenho bebido muitos e bons vinhos brancos ultimamente. Fiquei na dúvida se não aguentaria outros tantos anos…

Se por acaso tiverem mais destes vinhos brancos estragados perdidos nas vossas despensas, podem mandar cá para casa que eu encarrego-me de lhes fazer a reciclagem...

A Raleigh e a Sachs

Paulo, sim, tu, aquele que diz que têm blogue de bicicletas e passas o tempo a falar de bifanas. Tal como os ciclistas que usam eritropoetina para ganhar o Tour, tu usas o poder da sagrada bifana para roubar clientela a pobres blogues de vinhos e gastronomia como este. Prova agora o sabor da vingança e diz lá se tens alguma pasteleira tão bonita como estas no teu blogue. Foram encontradas na Taberna Portuguesa no decurso da prova de fundo Junqueira-Santo Amaro-Alcântara-Junqueira, bem mais dura que o Tróia-Sagres que tu te propões a fazer.





E cá para mim se queres mesmo chegar a Sagres acho que te safavas melhor com esta Sachs...


Guia das Tascas e Tabernas de Portugal - www.wook.pt

Mercado de Vinhos do Campo Pequeno

Realizou-se no Campo Pequeno a primeira edição do Mercado de Vinhos. Este evento pretendia dar a provar vinhos e produtos regionais havendo de possibilidade de adquirir estes produtos no local. O evento realizou-se entre dia 1 e 4 de Novembro e aproveitando estar de férias no dia 2 aproveitei para passar por lá. Foi uma passagem na verdadeira aceção da palavra pois não me terei demorado mais de 3 horas.



A entrada era gratuita sendo opcional a compra de um copo para as provas. Era possível comprar um Din Sensus da Schott Zwiesel por 3€ ou copo de plástico por 1€. Já falei aqui do Din Sensus que é um copo que segue o standard alemão (DIN) para copos de prova de vinhos. Durante muitos anos foi o copo mais habitual neste tipo de eventos, tendo só sido substituído no Encontro com o Vinho e os Sabores há um ou dois anos. Atualmente os apreciadores de vinhos parecem preferir copos um pouco maiores e eu próprio habituei-me a copos um pouco maiores. Mas estes não deixam de ser copos bastante versáteis e adequados a eventos de prova como estes. Fiquei na dúvida se a possibilidade que a organização deu de se poder optar por um copo de plástico por apenas 1€ terá sido ou não uma boa decisão. Se por um lado permitiu a participação de leque mais abrangente de público, por outro lado não me pareceu que fosse esse o público alvo do evento e dos produtores.



Devido ao reduzido custo de entrada e à centralidade da localização do Campo Pequeno, o Mercado de Vinhos tinha naquele dia um público bastante mais heterogêneo do que é habitual num evento de vinhos. Assim via-se lá por entre outros estereótipos mais ou menos coloridos, a matriarca das avenidas novas já a preparar as compras de Natal, o turista meio perdido que descobre o evento por acaso e aproveita a ocasião para provar uns vinhos e o adepto do copo de três com seu copo de plástico em riste. Ao menos não eram só enochatos... Não estava muito cheio e a circulação e acesso aos produtores era bastante fácil mas não sei como terá estado durante o fim de semana.



A possibilidade de comprar adquirir os produtos nas próprias bancas dos produtores tornou-se interessante e acabou por me ajudar a fazer a própria avaliação critica dos vinhos pois na decisão de comprar teremos de ponderar não só se gostamos do vinho mas também se o preço está ajustado à qualidade apresentada.

Naquelas 3 horas não deverei ter passado por um terço dos produtores e tentei ser muito seletivo naquilo que provava e nas bancas que visitava. Não terei provado muitos vinhos bons que por lá estavam mas como há sempre mais marés que marinheiros, ficarão para uma próxima oportunidade.

Mas já chega de viajar na maionese e vamos lá falar de algumas das bancas por onde passei e de alguns dos vinhos que provei. Não perdi a oportunidade para voltar a provar os vinhos de Colares que sempre me entusiasmam, tive uma conversa muito interessante com o produtor da Quinta da Boavista sobre os seus vinhos Torre de Tavares e que me reconciliou com a casta Jaen e provei os sempre interessantes vinhos do ensemble Young Winemakers of Portugal.



Alguns dos vinhos seduziram-me especialmente e acabei por comprar. Comprei da algarvia, Quinta do Outeiro, conhecida pela sua marca Paxá, o seu vinho tinto de entrada de gama, QO Tinto 2009. Esta era um dos produtores algarvios que tinha a curiosidade de provar mas não tinha tido a oportunidade durante as minhas férias no verão. Achei piada a este vinho por achar que tinha perfil muito engraçado para entrada de gama com umas notas a lembrarem café que achei bastante interessantes. Não foi o único vinho que provei nesse dia que me fez lembrar café. Tendo em conta que não tinha bebido café após o almoço se calhar até foi sugestão... Uma nota para o rótulo do QO, apesar de o achar esteticamente bastante apelativo pereceu-me pouco funcional, pois tive consultar o contra-rótulo para perceber que o vinho se chamava QO (de Quinta do Outeiro) e qual o ano de colheita que não aparece no rótulo. Talvez valesse a pena rever o rótulo para o tornar mais claro.



Comprei também o Ninfa Sauvignon Blanc 2011 da Sociedade Agrícola João Barbosa, que achei ser um branco muito interessante e com uma boa relação qualidade preço. Nos brancos comprei ainda o Monte Cascas Douro Reserva 2010, um monocasta de Rabigato que tinha umas notas iodadas mais habituais em vinhos provenientes de vinhas perto do mar e que o tornavam muito interessante. Os Monte Cascas são uma marca da Casca Wines que não tendo vinha própria produz vinhos em parceria com diversos produtores um pouco por todo o país.



E estava na hora de ir embora. Para a próxima há mais.

wook é uma oferta?

Qosqo

Não foi a primeira vez que entrei nesta casa, mas da outra vez em que tinha passado por aqui era um restaurante indiano. Até não era mau, e eu até não sou grande fã de indianos. A comida parecia bastante autentica embora tudo parecesse um pouco amador. Há uns meses atrás ouvimos falar do Qosqo e percebemos que tinha herdado o espaço desse indiano por onde tínhamos passado há alguns anos.

O Qosqo é um restaurante peruano e tanto quanto sei será o único em Portugal. Assim a curiosidade levou-nos lá há uns tempos atrás para experimentar com uns amigos. Não têm exatamente uma carta, pelo menos, não tinham quando lá fomos. Na ardósia por cima do balcão estão os pratos disponíveis no dia. A ementa não tinha muitos pratos e estes parecem variar ligeiramente de dia para dia.


Pisco Sour


Cusqueña

Para começar é indispensável provar o Pisco Sour e a Cusqueña. O Pisco Sour é um cocktail peruano que usa como ingredientes principais aguardente peruana (chamada Pisco) e sumo de lima. Existe uma versão chilena com o mesmo nome mas ligeiramente diferente na sua preparação e ingredientes. Faz lembrar vagamente os sabores de uma margarita embora o único ingrediente em comum seja mesmo a lima. A Cusqueña é uma cerveja peruana muito interessante. Quem quiser, até poderá acompanhar a refeição com o Pisco Sour ou a Cusqueña mas nós preferimos continuar com vinho.

Também não há carta de vinhos. Aliás, não faria muito sentido que houvesse pois os vinhos disponíveis são dois: um branco e um tinto. Quando lá fomos eram dois vinhos que eu denominaria de escolhas seguras e que cumprem bastante bem a função. O tinto era D. Ermelinda e o branco Planalto. Uma coisa que talvez fosse de rever são os copos. São usados para o vinho os mesmos copos cilíndricos com pé que também são usados para o Pisco Sour que não serão os ideais para vinho.


Causa de Atum

Dado que o número de pratos não é muito grande e eramos 6 pessoas deu para pedir todos os pratos que estava disponíveis nesse dia e dividir entre todos. Começamos com as Causas que nesse dia eram vegetarianas e de atum. As Causas são bolinhos de batata a que são acrescentados outros ingredientes que lhes vão dar o nome. Uma entrada simples mas agradável e ótima para partilhar. De uma outra vez que passamos por lá havia também empanadas, muito boas por sinal.


Tiradito al Apio


Ceviche Classico

Os pratos que foram as estrelas da noite foram o Tiradito al Apio e o Ceviche Classico. Peixe de qualidade, muito bem temperado e apresentado. Estes dois pratos justificam por si só a visita ao Qosqo. Acabámos por repetir tanto um como o outro.


Chaufa de Mariscos


Lomo Saltado

Nesse dia havia também Chaufa de Mariscos e Lomo Saltado que pedimos também para dividir entre todos como tínhamos feito com todos os outros pratos. Bons pratos, um pouco mais robustos e que complementam bem o Tiradito al Apio e o Ceviche que são mais leves. Mas acabaram por ficar um pouco em segundo plano quando comparados com estes.


Arroz Con Leche Futrado

Provamos também o Arroz Con Leche Futrado, uma especie de arroz doce com fruta, um pouco menos doce que o nosso Arroz Doce. Neste campo enfrentam competição difícil... Não consegui evitar a comparação com o Arroz Doce da minha mãe... Terminámos com um café gelado. Como este café gelado normalmente já vêm com açúcar pedimos para prepararem sem açúcar. Isto pode não ser uma decisão muito sensata pois este café gelado leva sumo de lima tornando-se ainda mais amargo. Fiquei na dúvida se seria melhor com ou sem açúcar.

O Qosqo revelou-se um restaurante muito interessante. Pratos simples mas muito bem confecionados e que parecem dar uma boa amostra da cozinha peruana. O tipo de pratos e a informalidade do serviço presta-se muito a que se partilhem os pratos de modo a poder provar várias coisas. O preço é adequado. Voltarei certamente mais vezes pois o Tiradito al Apio e o Ceviche são pratos irresistíveis. Para jantar convém reservar pois sala não é grande embora tenha uma segunda sala na cave.

Natural by Chakall - www.wook.pt

Quinta da Ponte Pedrinha Branco 2006

Acho que primeira pessoa que me falou da Quinta da Ponte Pedrinha terá sido o Agostinho. A quinta não ficaria muito longe da casa dos pais dele e por isso conhecia bem a quinta. Assim quando encontrei esta garrafa no Leclerc do Entroncamento, chamou-me a atenção. A minha curiosidade ficou definitivamente desperta com o facto de ser um branco com 6 anos e que custava um pouco menos de 4€. Por isso, decidi junta-la às outras garrafas que trouxe dessa minha aventura pela terra dos fenômenos.


Abri a garrafa há uns dias atrás. Revelou-se muito tímido na abertura com uma acidez muito contida. Agradável mas um pouco curto. Bem, pensei, para um vinho branco com 6 anos, não está nada mal mas não marca a memória, talvez tivesse sido melhor bebe-lo mais novo... Mas ao longo da refeição ele foi acordando do seu sono e a acidez característica dos brancos do Dão foi-se revelando, crescendo notoriamente em frescura e longevidade na boca. No fim da refeição já parecia que tinha valido a pena esperar. Só se bebeu meia garrafa nessa refeição e ficou para o dia seguinte o resto. No dia seguinte este vinho estava ainda mais interessante e vivo. Quando terminamos a garrafa já classificaria este vinho como exuberante…

Já não é a primeira vez que me acontece isto com vinhos brancos e em especial vinhos brancos mais velhos. Revelam-se tímidos e curtos na abertura da garrafa e durante a refeição vão progressivamente revelando o seu verdadeiro carácter crescendo em acidez e complexidade. É curioso, pois não é uma coisa que se espere de vinhos brancos, que normalmente não parecem necessitar de uma oxigenação tão grande para relevar o ser verdadeiro caráter.

E assim tive a oportunidade de provar um grande vinho branco com 6 anos que dificilmente se encontrará no mercado, por menos de 4€. Até agora nas compras que fiz no Entroncamento ainda estou a perder, pois em 3 garrafas que abri esta foi a primeira que me encheu as medidas. Nesta contenda o tempo está ainda a ganhar ao vinho por 2-1. Mas ainda estou com a esperança de dar a volta ao resultado...

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