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Eventos de Agosto de 2012

Os eventos agendados para Agosto de 2012 são os seguintes:


3 a 11 de Agosto de 2012
Festival da Sardinha
Zona Ribeirinha de Portimão
www.cm-portimao.pt
Ao som de muita música, come-se a sardinha assada no pão, na Zona Ribeirinha de Portimão, que conta também com artesanato e muita animação.

8 a 12 de Agosto de 2012
Festival do Vinho Português
Mata Municipal do Bombarral
www.cm-bombarral.pt
O evento vínico mais antigo de Portugal que se realiza desde a década de 60 tendo uma regularidade anual desde 1993.

8 a 12 de Agosto de 2012
Festival do Marisco
Jardim do Pescador Olhanense - Olhão
www.cm-olhao.pt
Os melhores bivalves e mariscos da Ria Formosa, confeccionados das mais variadas formas e sempre com a garantia de total qualidade e muita variedade, podem ser apreciados, tal como a doçaria típica da região.

17 a 19 de Agosto de 2012
Vindouro – Festa Pombalina
Parque de Exposições – S. João da Pesqueira
www.vindouro.com
O município maior produtor de Vinho do Porto e do Douro e que detém a maior área classificada como Património Mundial acolhe durante 3 três dias dezenas de produtores de Vinho do Porto e DOC Douro que dão a provar os seus vinhos. No centro histórico poderão encontrar-se expositores de produtos tradicionais e animação de rua.

26 de Agosto a 2 de Setembro de 2012
Festa do Vinho da Madeira
Funchal
www.turismomadeira.pt
A Festa do Vinho Madeira realiza-se por altura das vindimas e reflecte a importância sócio económica do Vinho da Madeira, num evento que procura reconstituir os velhos hábitos da população madeirense desde o início do povoamento da ilha.

30 de Agosto a 4 de Setembro 2012
Festa das Vindimas
Palmela
www.festadasvindimas.org
Tendo uma longa tradição, realizam-se durante esta festa numerosas actividades entre as quais provas desportivas, actividades infantis, concursos e provas de vinhos, exposições temáticas, venda de vinhos, espectáculos musicais e a feira

Loios Tinto 2011

No seguimento da renovação da imagem dos vinhos da João Portugal Ramos é agora a vez do Loios Tinto ganhar um novo visual. A marca Loios até foi das marcas da João Portugal Ramos que sofreu maiores mudanças na sua imagem ao longo dos últimos anos. Mas parece-me que será aquela que beneficiará mais com esta mudança de imagem.


A nova imagem mantém alguma da simbologia usada nos rótulos anteriores embora seja bastante mais limpa e clara. Com este rotulo a marca deverá beneficiar de uma maior visibilidade em prateleira e uma associação ainda maior à João Portugal Ramos.

Quanto ao vinho, continua igual a si próprio. É desde há algum tempo uma das marcas mais consistentes em termos de relação qualidade preço. É um ótimo vinho para o dia a dia com um preço imbatível de cerca de 3€.

O vinho provado foi gentilmente oferecido pelo produtor.

Dia a Dia Mafalda - www.wook.pt

Novidades de Julho de 2012

As novidades de Julho de 2012 são as seguintes:


Guia de Vinhos

A lista completa pode ser consultada na página Guia de Vinhos

Tesouro da Sé Dão Private Selection Tinto 2009
Casa da Passarela Dão Reserva Tinto 2008
Quinta do Cerrado Dão Reserva Tinto 2007
Contraste Douro Tinto 2009
Adega de Penalva Dão Reserva Tinto 2008
Ladeira da Santa Dão Reserva Tinto 2009
Casa Aranda Dão Reserva Tinto 2007
Quinta das Camélias Dão Touriga Nacional Tinto 2008
Barão de Nelas Dão Reserva Tinto 2008
Intenso Dão Tinto 2008
Quinta da Nespereira Vineaticu Dão Tinto 2008
Quinta do Quetzal Alentejo Reserva Tinto 2009
Pedra Cancela Dão Touriga Nacional Tinto 2010
Quinta dos Carvalhais Dão Reserva Tinto 2008
Quinta da Pellada Dão Tinto 2008
Cinquenta A.S. Regional Península de Setúbal Tinto 2009
Paço dos Cunhas de Santar Vinha do Contador Dão Tinto 2008
Barca Velha Douro Tinto 2004
Vinha d'Ervideira Alentejo Colheita Selecionada Branco 2011
Quinta da Garrida Dão Reserva Branco 2011
Encosta do Sobral Regional Tejo Reserva Branco 2011
Cova da Ursa Regional Península de Setúbal Chardonnay Branco 2011
Conde d'Ervideira Alentejo Reserva Branco 2011
Quinta das Bágeiras Espumante Bruto Natural Rosé 2010
Sexy Espumante Bruto Rosé
Mailly Champagne (França) Blanc de Noirs Grandu Cru Brut Branco
Carvalhas Memórias do Sec. XIX Porto Tinto
António Saramago Moscatel de Setúbal Reserva Branco 2007
Barbeito Madeira Boal Old Reserve 10 Anos Branco
Barbeito Madeira Colheita Meio-Seco Branco 2000
Barbeito Madeira Malvasia Single Cask 727 D+E Colheita Branco 2001
Navegante Licoroso Tinto
Mouchão Licoroso Tinto 2006
M Mingorra Licoroso Tinto 2010
Orionte Licoroso Tinto
Conde de Oeiras Carcavelos Meio-Seco Branco
Bastardinho de Azeitão 30 Anos Tinto

Sites & Blogs

A lista completa pode ser consultada na página Sites & Blogs

Pinhal da Torre
www.pinhaldatorre.com
Site do produtor
Facebook

Provas

A lista completa pode ser consultada na página Provas

Garrafeira Tio Pepe
www.garrafeiratiopepe.pt
Rua Engº Ferreira Dias 51, Porto
Provas gratuitas ocasionais
Consultar site ou blog, seguir no facebook ou twitter ou subscrever newsletter

Lisboa Autêntica
lisboaautentica.com
Passeios vínicos
Consultar site, seguir no facebook ou twitter ou subscrever newsletter

Jantares Vínicos

A lista completa pode ser consultada na página Jantares Vínicos

DOP
ruipaula.com
Palácio das Artes, Largo de S. Domingos 18, Porto
Jantares vínicos ocasionais
Site e Facebook

DOC
ruipaula.com
Estrada Nacional 222, Folgosa
Jantares vínicos ocasionais
Site e Facebook

Artigos Públicados

Últimos artigos publicados.

Novidades de Junho de 2012
Quebra Mar
Eventos de Julho de 2012
Páginas mais Populares em Junho de 2012
Encerramento do Bocca
Conde de Vimioso Colheita Selecionada Rosé 2011
Kronenbourg 1664 Blanc
Vinho ao Vivo 2012
Sexy Summer Edition Branco 2011
O Bolo do Guilherme
Elysium California Black Muscat 2010
Portela Cafés

Tweets

Tweets sobre vinhos e gastronomia que fiz recentemente no meu perfil pessoal.

Califórnia proíbe foie gras
Record-Breaking Wine: What Does $168,000 Taste Like?
Já provou pudim de caracol?
Bocca encerra hoje...
Lolita & Milf by Quinta do Pôpa
Space for dessert?
Mulheres comentam e avaliam vinhos na Internet
Restaurantes que não me querem como cliente
Quem é o top chef português?

Referencias

Páginas que referenciaram este blog recentemente.

Scoop.it! Wine Lovers
Scoop.it! Foodies

Portela Cafés

Há uns anos atrás quando a GMV se mudou para o Parque da Nações comecei a almoçar com frequência no Centro Comercial Vasco de Gama. As refeições aqui eram um pouco mais caras do que estávamos habituados na zona das Amoreiras e havia o pormenor um bocado irritante: o café nos restaurantes era caro e quase sempre mauzinho. Rapidamente começamos a optar por não pedir café nos restaurantes e ir beber o café a uma das cafeterias do centro comercial. Ficava mais barato e o café era melhor. Rapidamente descobrimos a Portela que se tornou o nosso destino habitual após a refeição.


A Portela Cafés é daqueles sítios onde o café é respeitado e bem tratado, coisa que começa a rarear cada vez mais em Lisboa. Aqui pode-se beber uma das melhores bicas de Lisboa. É também uma casa especial pois não é fornecida, nem depende, de nenhuma das grandes marcas de café. A casa faz a transformação do café verde em café torrado e criando os próprios lotes que são usados nos cafés servidos nas cafeterias e que são também vendidos a peso.

Esta casa teve origem no Centro Comercial Portela há 35 anos. Inicialmente a ideia era vender café a peso mas a havia uma máquina na loja de modo a permitir a degustação dos lotes à venda. As degustações tiveram tanto sucesso que foi necessário criar uma área de cafeteria. O Centro Comercial da Portela ainda hoje alberga a sede, a fábrica e a primeira loja da Portela Cafés. Atualmente têm 7 lojas/cafeterias espalhadas por Lisboa.

Recentemente, por altura do 35º aniversário, a Portela Cafés lançou uma máquina de capsulas e uma gama de capsulas de café e chá. Já escrevi por aqui a minha opinião acerca das máquinas de capsulas, mas para quem prefere a comodidade das capsulas esta pode ser uma boa opção um pouco mais barata e provavelmente mais parecida com a tradicional bica portuguesa. Todos estes produtos podem ser adquiridos nas lojas/cafeterias ou através da loja online.

Elysium California Black Muscat 2010

Desde há uns anos a esta parte que criei o hábito de sempre que viajo de avião comprar no aeroporto, no regresso, uma garrafa de vinho do país onde fui. Normalmente estabeleço um limite de 10€ que só em casos excecionais ultrapasso. Isto têm-me permitido provar alguns vinhos dessa Europa fora e alargar um pouco o meu conhecimento de vinhos. Mas nem sempre é uma tarefa fácil pois em alguns países não é fácil encontrar vinhos locais.

Um desses países é a Holanda. Alias qualquer um de vós diria que na Holanda isso seria uma tarefa impossível pois vinho holandês é coisa que não existe... Mas até existe e há dois anos até tinha conseguido trazer um garrafa de um vinho branco da casa Apostelhoeve que fica perto de Maastricht. Penso que era um Riesling e era bem interessante. Tive foi de abrir uma excepção no meu limite de preço pois ficou por cerca de 20€.

Desta vez ia com a intenção de trazer de novo um vinho desta ou de outra casa holandesa que encontrasse. Mas a minha busca revelou-se infrutífera e não consegui encontrar qualquer vinho holandês à venda nas lojas do aeroporto de Schiphol... Já tinha passado para a cerveja mas também neste campo a coisa não estava fácil. O melhor que encontrava era uma Heineken engarrafada numa garrafa de espumante, coisa que não me entusiasmava muito... Até que numa loja de chocolates vi uma garrafa que me chamou a atenção...


Não era holandês, era californiano mas era um black muscat. Era o Elysium California Black Muscat 2010 produzido pela Quady Winery. A primeira coisa que me passou pela cabeça foi se a casta Black Muscat seria Moscatel Roxo. Vim a comprovar mais tarde que não era. A casta Black Muscat, também conhecida como Muscat de Hambourg, é uma casta tinta que parece ser originária da Alemanha e fruto do cruzamento das castas Schiava Grossa e do Moscatel de Alexandria. O Moscatel de Alexandria é a casta usada no Moscatel de Setúbal. Na Europa a casta Black Muscat é habitualmente vinificada como vinho seco de mesa mas na Califórnia é habitualmente vinificada como vinho doce de sobremesa. Há falta de uma opção local acabei por comprar este vinho para experimentar.

É um vinho claramente diferente do que estamos habituados nos nossos moscatéis. Começa logo pela graduação alcoólica de 15º que me deixou na dúvida. É mais baixa do que seria expectável para um vinho de sobremesa, em que a fermentação é parada por adição de álcool. Por outro lado, parece ser demasiado elevada, tendo em conta a sua doçura, para que a fermentação tenha sido parada exclusivamente pelo frio. Fiquei na dúvida de como terá sido vinificado. Outro aspeto que me deixou na dúvida foi a cor, que é um rubi claro, parecendo indicar pouca oxidação e que não deve ter passado por madeira. Ou se passou foi por um período curto ou em balseiros.


Eu não costumo ligar muito às notas de prova dos contra-rótulos. Normalmente são mais exercícios poéticos do que uma descrição fiel do vinho. Falava-se de rosas e líchias. Sim, claro... Não era preciso exagerar na poesia, eu comprava o vinho na mesma... Mas quando levei o copo ao nariz... Olha, e não é que são mesmo rosas e líchias. Aromas de tal maneira intensos e definidos que não seria necessário ser um provador experimentado para os identificar. Na boca continuava com uma boa acidez e uma doçura exuberante.

Tem um perfil que parece mais um licor do que um vinho. Correndo o risco de ser considerado sexista deverá ter sido o vinho mais feminino que alguma vez bebi. A sua doçura pode torna-lo um pouco enjoativo mas pessoalmente foi um privilegio poder provar um vinho tão intenso e diferente do habitual.

O Bolo do Guilherme

Nunca fui um seguidor muito apaixonado do que se costuma chamar de Cake Design, a Ana é que sempre seguiu um pouco mais de perto este mundo. Até acho piada ao ar cartoonish de algumas criações e tenho uma certa curiosidade pelos detalhes de estrutura que fazem alguns destes bolos parecerem desafiar a gravidade, mas não passa muito disto. Mas houve um acaso que mudou ligeiramente isto.

No segundo Peixe em Lisboa participamos no jantar gourmet do chef Leonel Pereira e entre os participantes estava a Patricia Schmidt. Após a refeição a Ana esteve um bocado à conversa com ela mas só no dia seguinte é que percebemos que a Patricia Schmidt era uma renomada pasteleira e cake designer do Brasil. Entretanto a Patricia Schmidt casou com o também renomado pasteleiro catalão Christian Escriba e um dos mais mediáticos trabalhos feitos por esta dupla foi o bolo de encerramento do El Bulli.

Este acaso acabou por fazer com que olhássemos com um pouco mais de atenção para este mundo e Ana têm seguido à distancia o trabalho da Patricia Schmidt e de algumas cake designers portuguesas. Assim quando se aproxima a data de aniversário do Guilherme, a Ana começa a planear onde vai encomendar o bolo de aniversário de entre as várias cake designers a trabalhar na área da Grande Lisboa. Este ano a escolha recaiu sobre A Festa do Bolo de Sílvia Ferreira e o resultado foi este:

O Bolo do Guilherme  - reservarecomendada.blogspot.pt

Sexy Summer Edition Branco 2011

Eu confesso que nunca fui muito fã da marca Sexy. Não pelos vinhos entenda-se, mas pela marca. Sempre me pareceu que chamar Sexy a um vinho seria um caso de doping publicitário... Por outro lado gosto muito dos vinhos da Fita Preta e em especial das Signature Series da qual fazem parte vinhos como o Branco da Talha e o Terrantez do Pico.


Mas quando vi este rótulo na prateleira não consegui resistir... Até parece ter alguns erros em termos de design pois as letras mal se conseguem ler mas aquelas bolas coloridas com um ar meio kitsch foram como um íman para o meus olhos. Pela primeira vez o nome Sexy pareceu-me fazer todo o sentido. Estava com uma daquelas promoções de desconto em cartão do Continente e comprei.

Com Viognier, Roupeiro e Antão Vaz no lote, revelou-se um branco bem interessante, fresco e com uma boa acidez sendo bastante adequado às refeições de Verão. E sem dúvida fica bem Sexy à mesa...

Sushi em Casa - www.wook.pt

Vinho ao Vivo 2012

O Vinho ao Vivo é um evento organizado pel'Os Goliardos. Os Goliardos são uma garrafeira-bar situada na Rua da Mãe d'Água junto à Praça da Alegria que faz também importação direta de vinhos de pequenos produtores de vários países. Nunca se proporcionou lá ir (uma grave falha da minha parte), mas não me são desconhecidos. Já tinha ouvido falar bastante dos seus cursos e provas vínicas, provei alguns dos vinhos que importam diretamente no Adegga Wine Market e escrevi umas coisas sobre eles aqui e ali.

Vinho ao Vivo 2012 - reservarecomendada.blogspot.pt

Kronenbourg 1664 Blanc

Há duas variedades principais de cervejas de cervejas de trigo: as cervejas de trigo de estilo alemão (weissbier ou weizenbier) e as cervejas de estilo belga (witbier ou blanche). As alemãs tradicionalmente usam uma mistura de malte de trigo e de malte cevada e as belgas usam também trigo não maltado tendo como principal caraterística distintiva a utilização de coentros e casca de laranja para aromatizar a cerveja. Normalmente as cervejas de trigo são turvas por não serem filtradas embora existam também cervejas de trigo filtradas como as kristallweizen.

Eu sou um grande apreciador das cervejas de trigo. Por não ser muito fácil encontra-las em Portugal sempre que tenho possibilidade de as beber não perco a oportunidade. A primeira vez que provei uma blanche terá sido em Bruxelas e dado que as witbiers ou blanches também são conhecidas como Blanches de Bruxelles foi um sítio bastante apropriado para provar este estilo de cerveja. A cerveja que provei nessa altura era aquela que deverá ser a mais antiga e conhecida blanche de todo o mundo, a Hoegaarden.

Hoegaarden é uma localidade belga perto de Leuven que é conhecida pelas suas witbiers desde a idade média. Em meados do século passado a witbier quase esteve extinta comercialmente quando fechou a última cervejeira de Hoegaarden em 1957. Passados 8 anos alguns habitantes da localidade decidiram ressuscitar a sua cerveja segundo as receitas tradicionais e foi criada a Hoegaarden. Os anos 80 foram determinantes para a expansão deste tipo de cerveja quando se tornou a cerveja preferida da comunidade estudantil belga. Atualmente este tipo de cerveja é produzida e consumida por todo o mundo.

É habitual as blanches serem servidas e bebidas com uma rodela de limão. Isto de por limão na cerveja não parece muito macho (a não ser que estejamos a falar da Corona) mas garanto-vos que sabe bastante bem.

De vez quando, reencontro-me com as blanches, a Hoegaarden até se encontra nos supermercados do El Corte Inglés, nos bares não é fácil de encontrar. É mais difícil de encontrar as blanches que as weissbiers alemãs que são relativamente comuns em qualquer hipermercado e habituais em sítios como a Lusitana ou a Republica da Cerveja. O único sitio em que eu consegui beber blanche de pressão em Portugal foi no Frog Pub do Parque das Nações que abriu após a Expo 98 e que infelizmente fechou já há alguns anos. Foi lá que vi a final do Euro 2004 com umas blanches a acompanhar. Eu sei, se calhar se tivesse ido para a Portugália beber imperial preta a coisa tinha corrido melhor... Mas há uns dias até acompanhei o Portugal - Espanha com Conde d'Ervideira Reserva Tinto 2010 e o resultado não foi muito melhor...


Tudo isto para falar da Kronenbourg 1664 Blanc... Há umas semanas atrás estava em Toulouse a comer um hamburguer e a beber uma Guinness num pub irlandês e ouvi a palavra Blanche a ecoar pela sala. Não resisti em pedir e trouxeram-me uma Kronenbourg 1664 Blanc. Uma blanche muito interessante pois é aromatizada com limão tendo um aroma cítrico muito agradável. Fiquei feliz por ter voltado a beber uma blanche. Fico feliz com pouco...

Enquanto pesquisava para este artigo descobri que há um Frog Pub em Toulouse... Quando voltar a Toulouse tenho de ir lá beber uma cerveja.

Conde de Vimioso Colheita Selecionada Rosé 2011

Como tinha escrito aqui o Conde de Vimioso Rosé 2004 foi um dos primeiros vinhos que me despertou para os Rosés. Depois dessa primeira prova já o tinha voltado a provar noutras colheitas e o 2010 faz mesmo parte da minha lista de vinhos com boa relação qualidade preço.

Desta vez usei o filtro CrappyCamera do Huaweigram...

Recentemente tive a oportunidade de provar a sua mais recente encarnação. O perfil atual deste vinho é diferente do que provei há uns anos. A colheita de 2004 tinha mais graduação alcoólica e o lote de castas usadas era diferente. Isso tornava-o mais robusto mas também menos fresco e até um pouco desequilibrado. Na altura essa robustez chamou-me a atenção mas entretanto passei a preferir rosés mais frescos e com maior acidez. Desde há alguns anos a esta parte que o Conde de Vimioso Rosé se aproximou deste perfil mais fresco. O facto que combinar Touriga Nacional com Syrah torna-se um dos seus pontos fortes pois a Touriga Nacional devido às suas características florais é uma casta que funciona muito bem em Rosé. É um Rosé bastante competente que fará boa companhia durante este Verão. É difícil pedir mais pelos cerca de 3€ que ele custa.

O vinho provado foi gentilmente oferecido pelo produtor.

Encerramento do Bocca

No passado Sábado encerrou portas um dos melhores restaurantes de Lisboa. Eu terei sido um dos seus piores clientes pois comi lá duas vezes e só paguei meia... Eu explico... A Ana já tinha lá ido por ocasião de uma Lisboa Restaurant Week, a primeira e acho que foi a única em que o Bocca participou. Andávamos para lá ir quando ainda antes do Guilherme nascer ganhei um jantar para dois numa iniciativa do blog Eu Sou Gourmet. Há cerca de um ano atrás voltamos lá por ocasião de uma promoção 2por1 da Timeout. Desde que criei o blog que ando para escrever qualquer coisa sobre o Bocca mas a minha intenção seria escrever qualquer coisa quando lá voltasse. Nunca pensei que não tivesse a oportunidade de lá voltar... Durante este quase ano de blog escrevi aqui, ali e acolá algumas coisas sobre o Bocca mas ficou por escrever um artigo totalmente dedicado ao Bocca. Será já um pouco tarde demais mas aqui ficam algumas memórias...

A iniciativa do Vicente Themudo de Castro no seu blog Eu Sou Gourmet que me proporcionou a minha primeira visita ao Bocca consistia combinar vinhos do produtor Pinhal da Torre com pratos da carta do Bocca. Eu não conhecia nem uns nem outros mas não custava nada tentar...

As combinações que fiz foram:
3 Ostras do Sado - Vinha do Alqueve Rosé
O borrego e os figos secos - Quinta do Alqueve Tradicional Tinto
O tomate, as framboesas e o requeijão - Quinta do Alqueve Colheita Tardia

Passados uns dias recebi um mail do Vicente Themudo de Castro a dizer-me que tinha ganho... Marquei com o Pedro Aragão Freitas o dia em que lá iriamos. Diga-se que as escolhas que fiz tinham algo de irônico... Uma quase private joke partilhada com a Ana. Eu nem sou dos maiores fãs de ostras, a Ana é que é. Mas a Ana estava grávida e não podia comer ostras... O borrego não é a minha carne favorita mas gosto muito de figos... A Ana gosta muito de borrego mas não gosta muito de figos...

A primeira combinação não resultou como esperava. Era um rosé com um perfil mais doce e com menos acidez do que eu esperava. Era um bom rosé mas a ligação com as ostras (que estavam ótimas) não era ótima. Para a Ana foi sugerido um prato diferente devido a não poder comer ostras. Confesso que não me recordo que prato era... Já no prato principal a ligação era bastante boa mas por sorte... Pensei que o prato seria um pouco mais pesado e que o vinho tivesse mais fruta madura. Mas não, o prato era surpreendentemente leve para um prato de borrego e figos e o vinho tinha uma boa acidez que combinava bastante bem com o prato que agradou a ambos. Na sobremesa não houve grandes surpresas, os late harvest combinam quase sempre bem com sobremesas com fruta que não sejam excessivamente doces como era o caso.

Da outra vez que lá jantei aproveitamos um 2por1 da TimeOut para provar o menu de degustação “Nas Calmas” que era constituído por:

Amuse-bouche do Chef
O Salmão, a Maçã Granny Smith e as Ervas Finas
O Pato Mudo e o Ananás de São Miguel
O Pregado, o Pinhão e o Mexilhão
O Arroz Doce

Eu optei por acompanhar o menu pelo suplemento de vinhos do menu enquanto a Ana bebeu alguns dos vinhos do dito suplemento a copo. Um menu bastante bem conseguido e consistente. Quando se olha para este menu uma coisa que salta há vista é o facto de aparentemente o prato de peixe ser antecedido por um prato de carne. Só quando o pato chega à mesa em forma de carpagio é que se percebe a razão para tal... No final, o arroz doce, que numa interpretação moderna de um clássico que muito prezo, prestava uma honrosa homenagem a este.

Nesta segunda visita fomos acompanhados durante a refeição pelo escanção da casa, o Ricardo Morais, que nos acabou por dar um acompanhamento especial quando percebeu a nossa paixão pelo vinho, isto sem prejudicar o atendimento das outras mesas da sala. Diga-se que o serviço de vinhos era um dos pontos fortes do Bocca, tendo na carta vinhos bastante interessantes e uma equipa sempre disposta a sugerir boas combinações com os pratos. Notava-se que havia paixão pelo vinho e das duas vezes em que lá estive a conversa rapidamente se perdeu pelo vinho fora. Foram dois jantares que ficaram na minha memória e que esperava ter a oportunidade de repetir.

A última vez que tive a oportunidade de provar comida do Bocca foi no Peixe em Lisboa e são daí as duas fotos com que ilustrei este artigo. Mais uma vez não me desiludiram como podem ter lido aqui e ali.

O Xerém de Berbigão do Bocca


A Rabanada do Bocca

A restauração lisboeta fica mais pobre com este encerramento mas como todos os fins são feitos de novos começos, desejo boa sorte a toda a equipa do Bocca nos seus projetos futuros. Irei estar atento a novos projetos do Pedro Aragão Freitas (o dono), do Alexandre Silva (o chef) e do Ricardo Morais (o escanção). Se tiver a oportunidade farei questão de (a)provar esses novos projetos.

Cozinha Com Ciência e Arte - www.wook.pt
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