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Adegga Wine Market 2013

No início de Dezembro passado decorreu a quinta edição do Adegga Wine Market no seu formato original de Inverno. Este ano foi um ano importante para o Adegga tendo sido realizados mais dois eventos ao longo do ano: a segunda edição do Adegga Summer Wine Market e a primeira internacionalização do evento com o Brussels Adegga Wine Market.

Adegga Wine Market 2013 - reservarecomendada.blogspot.pt

A equipa do Adegga, que têm como face mais visível o André Ribeirinho, conseguiu tornar os Adegga Wine Markets em eventos incontornáveis do panorama vínico português que se assumem-se como dos mais importantes eventos de vinhos em Portugal tanto para os produtores que nele participam como para os consumidores que aproveitam para conhecer novos vinhos podendo comprá-los logo ali.


Tenho sido totalista na edição de Inverno e lá estive mais uma vez. Desta vez fiz um prólogo na minha visita tendo participado também no #winelover hangout Lisbon que se realizou pela segunda vez na quinta-feira anterior ao evento na Créperie da Ribeira. Os #winelover hangouts são organizados pela comunidade #winelover sendo todos os amantes de vinho convidados a aparecer com um garrafa de vinho para partilhar com todos os outros.


Levei o Herdade das Barras 2006 que normalmente não me deixa ficar mal mas que aqui passou um pouco despercebido entre coisas com o José de Sousa Vinho Velho 1980; o Quinta da Falorca Garrafeira 2007; o Turris 2012, uma novidade da Niepoort que ainda não está no mercado, feita com uvas de vinhas com mais de 100 anos e que promete vir a ser a nova coqueluche de Niepoort daqui a uns anos; o Colares Chitas 2003; um vinho de talha feito pelo Hamilton Reis, enólogo da Cortes de Cima; um Niepoort 20 Anos que já tinha mais do que isso de garrafa ou um Madeira de que não se sabia a idade. A maioria até não estaria no seu ponto ideal de consumo, estando uns muito novos e outros já em declínio. Mas é sempre aliciante provar estes vinhos fora do habitual. Isto para já não falar de alguns vinhos estrangeiros que também andavam por lá a passear...


Foi essencialmente uma boa oportunidade para conversar pessoas como o Magnus Reuterdahl, blogger de vinhos sueco, ou o Hamilton Reis entre outros que já conhecia ou que conheci ali, para provar alguns vinhos menos comuns e para passar um bom bocado. Para a próxima tenho de levar alguma coisa um pouco mais fora do habitual...


Passados dois dias lá estava eu e Ana no Hotel Flórida para mais um Adegga Wine Market. Este ano mais uma vez havia uma Sala Premium onde podiam ser provados uma seleção de vinhos topo de gama, Portos Vintage 2011 e outros Portos antigos. A Sala Premium do Adegga Wine Market é uma ótima oportunidade para provar vinhos, em especial Portos, cujos preços tornam de difícil acesso. Mas depois de termos ido à primeira edição, voltamos a prescindir do acesso à Sala Premium para podermos estar mais tempo na sala principal do evento. É curioso que com o passar do tempo a ir a estes eventos cada vez passo mais tempo a conversar com amigos e conhecidos do que propriamente a provar vinhos. Pois se o vinho é a motivação para ir a estes eventos, muitas vezes acaba por ser pretexto para reencontrar os amigos que são feitos à volta de um copo.


O Adegga Wine Market é um dos eventos em Portugal que têm conseguido apelar a um público jovem capturando esta dinâmica social e emocional. Não deixando de ser um evento de vinhos, inclusive com a componente de venda, sente-se no ar um ambiente de partilha entre amigos. É quase como se estivéssemos num encontro de amigos em que alguns deles trouxeram umas garrafas de vinho para partilhar. A vertente social e emocional do Adegga Wine Market acaba por ser uma vantagem para os produtores presentes valorizando os seus vinhos. Mas há que não esquecer que para tirar esta vantagem é preciso que cada produtor ali esteja com esse sentimento de partilha.


Havia por ali muitos e interessantes vinhos. Algum ficaram-me mais na memória, pelos vinhos mas também por quem os trazia. Fiquei um pouco à conversa com o António e a Sara da Casa de Mouraz, que tinha conhecido no #daowinelover TN day, enquanto provava o seus brancos. Fiquei a conhecer o vinhos da R4 Vinhos que junta quatro irmãos, o Roberto, o Ricardo, o Rodolfo e o Rafael num projecto muito interessante de vinhos do Douro. Provei os vinhos da Herdade do Cebolal com os quais já tinha tido um contacto fugaz no Winenique. Conversei um pouco com o Mário enquanto provava o seu Negreiros 2009. Eu já tinha ouvido falar dos vinhos do Mário mas apesar de já os ter visto em alguns eventos nunca me tinham atraido e nunca os tinha provado até que há uns meses comprei uma garrafa do Negreiros 2005 na minha última incursão por terras de fenómenos. Agora não podia deixar de provar o seu último vinho.


O Joe e a Ana estavam por lá a dar de comer ao pessoal que era preciso ir forrando o estomago enquanto se conversava e provava os vinhos.


Este ano ainda tive tempo para fazer uma boa incursão pelos vinhos generosos e mesmo sem ir à Sala Premium pude provar um bom conjunto de vinhos. Estava à prova o Silval Vintage 2001 que deverá ter sido um dos vintages mais interessante que provei este ano e não podia deixar de o voltar a provar. A Sogevinus tinha algumas preciosidades à prova como o Kopke Colheita 1961, o Kopke Branco 40 Anos ou o Burmester Tordiz 40 Anos mas o que me acabou por chamar mais a atenção foi um Barros Colheita 1979. Passei pelo Portal e fiquei de conversa com o Paulo Coutinho a provar os seus Portos e Moscateis sempre muito interessantes. Terminei a provar os moscateis da José Maria da Fonseca que conheço bem mas que tenho sempre de voltar a provar.


O ano de 2014 perspectiva-se como mais um ano de crescimento para os eventos Adegga. Da conversa que tive com o André uns dias mais tarde dá para perceber que há muitas ideias e boas hipóteses para as concretizar. Assim será de esperar que aos eventos realizados este ano se possam juntar mais eventos fora de Portugal alguns deles direcionados especificamente ao Vinho do Porto e talvez a realização de eventos noutros locais de Portugal. Eu, no que me diz respeito, tentarei voltar a marcar presença daqui a um ano.

Artigo originalmente publicado na Tourvinico.



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