Desafiados pelo Jorge lá fomos ao Assinatura comer o menu sazonal de cogumelos silvestres. Temos seguido o trabalho do Henrique Mouro em eventos e no Assinatura mas até agora ainda não tínhamos lá ido sem ser na Lisboa Restaurant Week. O Henrique Mouro passou pela Bica do Sapato, pelo Valle Flôr onde trabalhou com o Aimé Barroyer, pelo Meridien e pela Quinta de Catralvos.
Dirão vocês que deveria ter escrito isto mais cedo para que pudessem usar as minhas recomendações para ir às compras. Mas na realidade não são recomendações mas constatações daquilo que tinha guardado e estava a gritar para ser aberto neste Natal. Por esta altura já entrei em estágio pré-natalício e algumas das garrafas de que vou falar até já foram abertas e a maioria nem deverão estar disponíveis no mercado. Mais do que grandes vinhos o que gosto de beber e partilhar nestes dias são vinhos aos quais tenho ligações emocionais ou aqueles vinhos únicos pela idade ou pela originalidade. Mas se tiverem que comprar uma prenda de última hora ainda vão a tempo de seguir os meus conselhos do ano passado.
Os rosés não são propriamente vinhos de inverno mas eu gosto muito de rosés e, assim como os brancos, abro-os independentemente da altura do ano, mais em função da comida com que os acompanho do que da época do ano.
Este espumante Conde de Vimioso segue um loteamento interessante que combina uma das castas clássicas da região de Champagne, o Chardonnay, com a casta tinta que se tornou uma bandeira das castas portuguesas, a Touriga Nacional. É bastante comum a utilização de castas tintas na produção de espumante e o uso da Touriga Nacional é interessante pois sendo uma casta que normalmente vinifica bastante bem em Rosé devido ao seu perfil floral parece poder ter potencial para a vinificação em espumante. Aliás, vários produtores têm surgido no mercado com espumantes com Touriga Nacional quer em lote quer a solo. Aqui parece quase surgir como uma versão portuguesa de um dos loteamentos clássicos da região de Champagne em que a Touriga Nacional substitui o Pinot Noir.
Iniciou-se ontem a quinta edição da Figueira Marca-te que vai decorrer na Praça da Figueira até dia 23 de Dezembro. O Figueira Marca-te pretende reeditar a ideia de mercado lisboeta promovendo produtos portugueses. Têm-se realizado mensalmente, normalmente com a duração de 3 dias mas nesta edição natalícia vai prolongar-se por 10 dias.
No final de Novembro realizou-se no Centro de Congressos de Lisboa o Bazar Internacional do Corpo Diplomático. Este é um evento de solidariedade promovido pela Associação das Famílias dos Diplomatas Portugueses. Eu e a Ana descobrimos o Bazar de Natal do Corpo Diplomático há 13 anos quando este se realizou no Pavilhão de Portugal no Parque das Naçoes. Andávamos por ali a passear e demos com o bazar por acaso. Na banca de cada país ou organização diplomática participante são vendidos as preços mais reduzidos produtos do país que são normalmente oferecidos às embaixadas e cujo resultado da venda reverte para instituições de solidariedade social escolhidas pela Associação das Famílias dos Diplomatas Portugueses.