A revista Restaurant divulgou no passado dia 1 a lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Esta lista anual resulta da votação de mais de 900 especialistas da indústria da restauração mundial. O painel está organizado em 26 regiões com 36 jurados sendo pelo menos 10 de cada painel substituídos em cada ano. Cada jurado atribui 7 votos, sendo pelo menos 3 dos votos atribuídos a restaurantes fora da sua região. Para votar num restaurante é necessário ter comido nele nos 18 meses que precedem a votação e o jurado não poderá ter interesses profissionais nos restaurantes em que vota. A ordenação da lista será obtida pela soma do número de votos obtidos por cada restaurante.
Foi mais um ano de troca de posições mas desta vez com o Noma a cair para o terceiro lugar sendo ultrapassado pelo El Celler de Can Roca e pela Osteria Francescana que atingiram primeira e segunda posição respectivamente. Nos últimos anos temos assistido a uma alternância no topo da lista entre Noma e El Celler de Can Roca pelo que acaba por ser natural a conquista do primeiro lugar pelo El Celler de Can Roca. A principal surpresa acaba por ser a intromissão entre o dois por parte da Osteria Francescana. Nos prémios continentais de destacar a perda da liderança na América do Sul por parte do D.O.M. de Alex Atala para o peruano Central que atinge a posição 4 da lista.
O anúncio das posições 51 a 100 foi desta vez feito cerca de uma semana antes da cerimonia onde é divulgado o top 50. Este anúncio foi acompanhado em Portugal com uma certa euforia devido à entrada do Belcanto para o top 100 e de pela primeira vez termos 2 restaurantes no top 100. Eu confesso que não partilhei desta euforia e pareceu-me no geral que este anuncio era mais negativo do que positivo. Parece-me que a entrada do Belcanto para a posição 91 acaba por não conseguir compensar o trambolhão dado pelo Vila Joya que desce da posição 22 para a 98. O Belcanto e José Avillez merecem esta distinção e estão de parabéns mas o que fica é que passamos de ter o restaurante melhor colocado na posição 22 para o termos na posição 91. Fico na dúvida acerca do que provocou esta descida do Vila Joya, mas aquela que se prefila como a principal razão para isto será a não realização do Festival Tribute to Claudia. Esta razão apesar de facilmente compreensível não deixa de ser estranha pois um restaurante não devia ser avaliado pela realização de um evento anual mas sim pela sua operação no dia-a-dia. Depois de 3 anos em que tivemos um representante na cerimónia de anúncio do top 50 este ano não tivemos nenhum representante. Espero que esta situação mude para o próximo ano em que esta cerimónia será transferida de Londres para Nova Yorque.
Além da lista dos 100 melhores restaurantes foram atribuídos os seguintes prémios:
Prêmio Carreira: Daniel Boulud (França)
Melhor Chef Feminino: Hélène Darroze (França)
Melhor Chef de Pastelaria: Albert Adrià (Espanha)
Escolha dos Chefs: Eleven Madison Park (EUA)
Prêmio "One to Watch": Sepia (Australia)
Prêmio Restaurante Sustentável: Relae (Dinamarca)
Melhor Entrada Direta: White Rabbit (Russia)
Maior Subida: Asador Etxebarri (Spain)
Melhor Restaurante da Europa: El Celler de Can Roca (Espanha)
Melhor Restaurante da América do Norte: Eleven Madison Park (EUA)
Melhor Restaurante da América do Sul: Central (Peru)
Melhor Restaurante da Ásia: Narisawa (Japão)
Melhor Restaurante da Oceania: Attica (Austrália)
Melhor Restaurante de Africa: Test Kitchen (África do Sul)
A lista completa pode ser consultada em www.theworlds50best.com
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