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Para ser vinho têm de ser tinto...

"Para ser vinho têm de ser tinto...", ouve-se muitas vezes. Eu próprio comi algum peixe com vinho tinto numa altura em que estava a fazer a minha iniciação ao vinho e em que o vinho branco português não parecia assim tão interessante como é agora. Atualmente bebe-se em minha casa tanto vinho branco ou rosé como tinto, dão-me tanto ou mais prazer do que os tintos e normalmente a um custo mais baixo. O Verão está aí e os vinhos brancos e rosés são os companheiros ideais para as refeições nestes dias mais quentes.

Para ser vinho têm de ser tinto... - reservarecomendada.blogspot.pt

Historicamente o vinho branco português nunca foi muito forte embora em meados do seculo XX já se produzissem em Portugal alguns vinhos brancos de classe mundial com destaque para as regiões do Vinho Verde e no Dão. Os vinhos brancos e rosés beneficiam de fermentar a temperaturas mais baixas para que se preserve a sua acidez e frescura e só com generalização das cubas de fermentação refrigeradas é que começou a ser possível produzir vinho branco e rosé de qualidade de uma forma consistente em todo o território português.

Um dos primeiros vinhos brancos que me lembro bem é o JP, ainda a marca não pertencia ao atual grupo Bacalhôa. Era um vinho com um perfil muito floral provavelmente à custa de uma boa percentagem de moscatel no lote. Na altura eu dizia que era um vinho bom mas que não era o meu tipo de vinho. Ainda tinha a cultura do vinho tinto muito entranhada na pele. Provavelmente atualmente diria o mesmo mas por razões diferentes... Mas a partir daí comecei progressivamente a beber mais vinho branco.


O Couteiro-Mor Antão Vaz terá sido dos primeiros vinhos brancos que eu apreciei sem preconceitos. Tinha um carácter mais mineral e menos floral que o JP sem deixar de ser fresco e ter aromas com notas de fruta tropical. Foi o vinho branco servido no meu casamento e terá sempre um lugar especial na minha garrafeira.


Pelo meio provei pela primeira vez um vinho branco com madeira, também um Couteiro-Mor, mas desta vez um Chardonnay, que talvez tenha sido feito apenas na colheita de 2000 e engarrafado em garrafas de meio litro. A untuosidade ou gordura de um vinho branco com madeira é um pouco contranatura e inicialmente não me entusiasmou muito mas com o tempo consegui apreciar a complexidade e riqueza que a madeira pode trazer a um vinho branco servido à temperatura correta. A temperatura num vinho destes deve ser um pouco mais elevada que num branco mais leve mas sem ser demasiado alta de modo a deixar o vinho enjoativo. Há uns tempos encontrei uma destas garrafas de Couteiro-Mor Chardonnay 2000 numa garrafeira. Obviamente, comprei para recordar. Mas um branco com essa idade já não estaria em condições, dirão vocês... Era um vinho diferente daquele que bebi originalmente, já com um perfil quase de um colheita tardia, mas ainda bastante vivo e deu-me bastante prazer bebe-lo. Voltei à garrafeira e comprei a última garrafa da loja, quiçá a última existente no mercado. Tenho-a aqui para beber um dia com um foie-gras ou um salmão fumado.

Nos rosés haverá 3 vinhos que marcaram a minha evolução como apreciador. O primeiro que apreciei a sério terá sido o Conde Vimioso. Era um vinho um pouco encorpado demais para um rosé mas que na altura me fez sentir que havia algo para além dos brancos e dos tintos. O Couteiro-Mor Rosé é desde há alguns anos o vinho rosé tenho sempre em casa. Têm uma relação qualidade preço fantástica não ficando aquém de outros rosés vendidos pelo dobro ou triplo do preço. Há uns anos atrás apareceu no mercado aquele que eu acho que será um dos melhores rosés portugueses, o Domingos Soares Franco Coleção Privada Moscatel Roxo Rosé. Este é um daqueles vinhos especiais que dão um prazer imenso a beber e que pela sua diferença e originalidade eu nunca me canso de provar.


Especialmente durante o verão valerá a pena dar uma atenção redobrada ao vinho branco e rosé, sem preconceitos.

Ingrediente Secreto - www.wook.pt

2 comentários:

  1. Hás-de experimentar o Redoma rosé. Supreendeu-me a complexidade que tem. É quase um tinto mas com acidez de branco.

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    1. Já tinha ouvido falar do Redoma Rosé mas nunca calhou provar ou comprar. Um dia destes tenho que provar.

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