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E o Melhor Vinho em 2013 foi...

É um bocadinho pretensioso da minha parte propor-me a eleger o Melhor Vinho de 2013, mas este será o melhor vinho não generoso que bebi em 2013. Talvez até não seja o melhor que provei, pois muitas vezes os vinhos são provados em eventos em que nem sempre as condições são as melhores e nessas ocasiões fica sempre a faltar o tempo e o acompanhamento que a mesa proporciona. Entretanto se quiserem ler sobre os melhores vinhos generosos provei em 2013 acho que podem ficar-se por aqui.

E o Melhor Vinho de 2013 é... - reservarecomendada.blogspot.pt

Assim o vinho que me proporcionou a melhor e mais duradoura memória em 2013 foi o Abandonado 2005. Depois da Wine Advocate de Robert Parker o ter considerado, no final de 2008, o melhor vinho português provado nesse ano foi trazido para a ribalta e goza atualmente de uma aura de mito sustentada também pelos preços elevados a que chegou no mercado.

É oriundo de uma vinha com 80 anos com condições extremas que chegou mesmo a estar ao abandono e daí ter-se-lhe começado a chamar Vinha do Abandonado. A família Alves de Sousa tentou recuperá-la replantando as videiras desaparecidas em algumas falhas existentes na vinha. Mas as condições do local são tão duras que se acabou por desistir pois apenas as vinhas velhas existentes subsistiam e as novas morriam apesar de todos os cuidados. Em 2004 decidiu-se pela primeira vez vinificar estas uvas em separado e assim se criou um mito.

Este 2005 é assim a segunda encarnação deste vinho e há quem diga que o 2004 é ainda melhor. Pelo que li por aí devem ser vinhos com perfis diferentes, em que no 2004 impera a força e no 2005 a elegância. É por isso natural que as preferências se dividam entre os dois. Foi provado na casa de amigos que generosamente o partilharam comigo e com a Ana. Não há notas prova pois esse dia era de fruição do momento e não de psicanálise vínica. Talvez isso também tenha contribuído para amplificar este vinho na minha memória. Nessa memória fica a extrema elegância de um vinho com boa acidez e taninos finos que com os seus oito anos se mostrava ser capaz de ser bebido já sem remorsos de se ter cometido um ato de pedofilia vínica. Mas além disso mostrava uma enorme frescura para a sua idade que indicava a capacidade de continuar proporcionar este prazer de o beber por muitos e longos anos. Estupidamente bom.

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