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Encontro do Vinho e dos Sabores 2013 - Escolha de Imprensa

Sim, eu sei, já passaram mais de 3 meses... Já devia ter escrito sobre isto... Mas o final do ano foi agitado e não foi fácil escrever sobre tudo e o Encontro do Vinho e dos Sabores acabou por ir ficando para trás. Mas agora que estamos nas vésperas de outro dos grandes eventos anuais da Revista de Vinhos, a cerimónia dos Melhores do Ano, não queria deixar passar a oportunidade para vos falar um bocadinho do Encontro do Vinho e dos Sabores e em especial dos premiados com a Escolha de Imprensa. Vejam isto como uma espécie de balanço do ano em vésperas do anuncio dos Melhores do Ano.

Encontro do Vinho e dos Sabores 2013 - Escolha de Imprensa - reservarecomendada.blogspot.pt

Na última edição do Encontro do Vinho e dos Sabores fui convidado para a prova dos vinhos que foram premiados com a Escolha de Imprensa. Nesta iniciativa a Revista de Vinhos reúne jornalistas e bloguers de diversos orgãos de comunicação social para formar um painel de prova tão heterogeneo e abrangente quanto possível. Logo na altura partilhei aqui os resultados mas o que ficou por dizer foi da minha impressão relativamente a estes vinhos que tive a oportunidade de provar.


No que diz respeito a espumantes além do contemplado com o grande prémio, o Murganheira Grande Reserva Assemblage 2000, os que mais me entusiasmaram foram o Murganheira Vintage 2006 e o Raposeira Super Reserva Blanc de Noirs 2008. Gosto especialmente do trabalho do grupo Murganheira na área dos espumantes e esta prova não fez outra coisa senão confirmar a minha preferência pertencendo todos o meus escolhidos a este grupo. Mas embora tenha gostado bastante do Murganheira Grande Reserva Assemblage 2000 se fosse eu a escolher não tinha sido ele o vencedor mas sim o Murganheira Vintage 2006. Este espumante feito com Pinot Noir já na edição de 2005 se tinha afirmado como o meu espumante português favorito e continua a se-lo na sua edição de 2006.


No que diz respeito aos brancos até me pareceu que o grande prémio terá sido bem entregue ao Esporão Reserva 2012. Continuo a achar que estes vinhos estão a ser postos muito cedo no mercado e que mereciam mais paciência da nossa parte mas concordo que já mostram muita classe. Para perceberem o que quero dizer, ainda à pouco tempo bebi o Esporão Reserva 2008 e está espectacular... Os outros brancos que me chamaram a atenção e que não escandalizaria caso fossem os vencedores foram o Poeira 2012 e o Régia Colheita Reserva 2012. O Poeira tem a característica de ser feito no Douro com uvas oriundas de uma vinha velha enxertada recentemente com Alvarinho. Gostei bastante do resultado com um vinho pleno de frescura e mineralidade com um grande potencial de envelhecimento. Já no Régia Colheita gostei muito da sua untuosidade e alguma salinidade num lote interessante constituído por Arinto, Perrum, Síria (normalmente chamada de Roupeiro no Alentejo) e Antão Vaz.


Não me revi no vencedor nos tintos, o Malhadinha 2011. Um bom vinho mas havia por ali outros que gostei bem mais como o Duorum Reserva Old Vines 2011 e em especial do Quinta da Leda 2010. Dois vinhos do Douro de uma extrema elegância com ligeira vantagem para o Quinta da Leda.


Nos vinhos generosos havia duas preciosidades: o Burmester Colheita 1937, que ganhou o grande prémio, e o Barros Colheita 1965. A minha preferência nos Portos vai para os twanies velhos e estes dois colheitas são grandes exemplos da excelência deste estilo de vinhos. Acabei por preferir o Barros Colheita 1965 que me pareceu mais elegante. Destaque também para aquele o que considero o melhor vintage que provei em 2013, o Silval Vintage 2001, um vinho em que a exuberância dos vintages novos já passou, mostrando alguma austeridade com taninos finos e extrema elegância tendo como contraponto um balsâmico bem interessante.


Não queria terminar a ronda pelos generosos sem falar do Bacalhôa Moscatel de Setúbal 2011. Um vinho de 5€ com uma grande relação qualidade-preço no meio de vinhos muito mais caros do que ele. Deve ter sido mesmo o vinho mais barato a receber o prémio de escolha de imprensa. Um pormenor interessante é este apresentar uma embalagem inovadora para este tipo de vinhos. Usa uma tampa metálica de rosca (screwcap) em vez das habituais rolhas de cortiça capsuladas (stoppers) ou rolhas de cortiça tradicionais. A opção por este tipo de rolha deveu-se ao facto de um dos mercados principais desta gama de moscatel ser a restauração e bares onde é servido a copo. O uso deste tipo de vedante torna o serviço bem mais simples e elimina alguns problemas que advém de alguma fragilidade das rolhas de cortiça capsuladas. Aparentemente a utilização deste tipo de vedante neste vinho também não parece incomodar o consumidor tradicional de supermercado, provavelmente devido à gama em que se insere. Depois do screwcap ter ocupado algum espaço nos vinho tranquilos de gama baixa em especial nos brancos e nos rosés é a vez de entrar no mercado do vinhos generosos de gama baixa. Poderá ser o inicio de uma tendência que deverá merecer a atenção do sector.


No resto do dia ainda participei em duas provas de Harmonização de Vinho com Comida. Nos intervalos entre estas provas passei pelo stands e provei alguns vinhos, não muitos, que o programa para o dia foi bastante cheio.

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